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IFCE Maranguape inaugura 'Casinha do Livro'
LEITURA E REFLEXÃO
Aproximar as pessoas dos livros, deixá-los por perto, dentro de uma casinha sem fechadura, livres, ao alcance de todos, sem burocracia, sem imposições, e, dessa forma, incentivar a leitura literária. Essa é a proposta do projeto Casinha do Livro, inaugurada neste mês de junho no campus de Maranguape do IFCE. A iniciativa é destinada tanto para os estudantes quanto aos colaboradores da unidade - servidores efetivos e terceirizados.
Segundo a professora Benigna Soares Lessa Neta, que leciona Língua Portuguesa no campus e está à frente do projeto, qualquer pessoa pode colocar livros na casinha, bem como pode pegar os livros que estiverem lá dentro. Através desse espaço, destaca, será possível compartilhar as melhores leituras dos participantes, permitindo que mais gente possa vivenciar experiências com essas leituras.
“A casinha do livro é um ato de generosidade e de encantamento”, resume a professora, que também é doutora em Linguística. “De generosidade, porque quem doa um livro para a casinha, não doa apenas um livro, mas abre mão de um amigo que estava calado em sua estante, para que ele possa conversar com outras pessoas e fazer novas amizades; e de encantamento, porque quem pega um livro da casinha, pega porque se encantou com ele e ficou com vontade de descobrir seus segredos”, acrescenta.
O projeto, hoje localizado no pátio do bloco didático do campus de Maranguape, foi pensado para ser permanente. Pretende-se ainda, com a casinha, além de incentivar a leitura literária, promover o desenvolvimento do senso crítico, maior capacidade de reflexão, prazer estético, desenvolvimento da saúde mental, além de uma melhor performance gramatical e textual em produções escritas.
“É importante dizer que, em Maranguape, o projeto Casinha do Livro foi plantado junto com outras três sementes: o Laboratório de Redação, que está sendo coordenado por mim; o Laboratório de Línguas Estrangeiras, cuja coordenação ficou a cargo da professora Ermelinda Lopes da Silva; e o Laboratório de Desenvolvimento e Aplicação de Jogos Educativos, coordenado pelo professor Helton Bezerra Moreira”, frisou. “Apesar de cada um de nós coordenarmos laboratórios diferentes, pretendemos caminhar juntos”, frisa Benigna Soares.
Mais sobre o projeto
A ideia da casinha do livro, no Brasil, é antiga e já soma resultados satisfatórios em vários estados. Em alguns lugares, como lembra Benigna, a casinha nem casinha é, consiste em uma geladeira aberta em praças ou paradas de ônibus. “No IFCE, pensei em construir uma, pela primeira vez, em Limoeiro do Norte, em 2015 ou 2016, e tive o auxílio ‘luxuoso’ de uma servidora terceirizada chamada Rosa Maria, bem como o apoio incondicional do professor Façanha, diretor-geral daquele campus na época; lá, foram construídas duas casinhas, a segunda, além da ajuda de Rosa, também contei com o apoio de Jânia Maria Augusta, diretora que sucedeu o professor Façanha”, conta.
Depois, em Canindé, relata Benigna Soares, a casinha foi construída pela professora de Artes Rachel Lúcio, que, com ajuda de Paulo Tavares, estudante do curso de Licenciatura em Música daquele campus, tornaram a ideia realidade. “Também em Canindé, tivemos o apoio imediato de Katiane Sampaio de Sousa, que, na época, estava substituindo o diretor-geral do campus, Francisco Vidal. Aqui em Maranguape, a casinha foi construída por Seu Joaquim, servidor terceirizado do campus, pintada por alunos de todos os semestres dos cursos técnicos integrados e apoiada pelo diretor-geral, Robson Siqueira”, comemora.
Luís Carlos de Freitas - Reitoria


