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Pesquisadores do IFCE visitam projetos de hidrogênio na Alemanha

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Experiências, formação e negócios estiveram na pauta do intercâmbio
última modificação: 27/09/2023 16h19
Docentes do IFCE vivenciaram projetos em prática na Alemanha (Foto: arquivo pessoal)

Docentes do IFCE vivenciaram projetos em prática na Alemanha (Foto: arquivo pessoal)

Dois pesquisadores do Instituto Federal do Ceará (IFCE) integraram a comitiva brasileira que participou de uma escola de verão organizada pelo Instituto de Energias Renováveis de Colônia (CERI), da Universidade TH Köln, na Alemanha. A iniciativa faz parte do projeto H2Brasil, da Academia de Treinamento Científico Avançado do TH Colônia em cooperação com a Sociedade para Cooperação Internacional. Bruno Salgado, coordenador do Mestrado em Energias Renováveis, e Michael Duarte, coordenador da Especialização em Hidrogênio Verde, representaram o IF.

Na programação em território alemão, foram visitados projetos na região de Colônia, com o objetivo de buscar e trocar conhecimento para posterior formação profissional no Brasil. Foram incluídos ainda tópicos como explanação sobre a introdução ao cenário do hidrogênio naquela região e discussões sobre a importância dessa matriz energética para os negócios, juntamente com as corporações HyCologne Hydrogen Region Rhineland e.v.  e Desenvolvimento Econômico Empresarial de Colônia.

A comitiva brasileira, formada por pesquisadores e professores, também participou de visita ao canteiro de obras do distrito de hidrogênio de Verbandsgemeinde de Kaisersesch, onde está sendo construída uma rede elétrica baseada naquela fonte energética. Os participantes puderam conhecer toda a cadeia de valor da matriz de energia, desde a produção até a conversão para utilização pelos consumidores finais e ter uma ideia, in loco, de como o eletrolisador (dispositivo que permite produzir hidrogênio por meio de um processo químico) é implementado.

Também estiveram em pauta a mobilidade a hidrogênio, com introdução a projetos e padrões pelo escritório de engenharia de Colônia Emcel GmbH e test-drives com veículos com célula de combustível na Toyota Motor Corporation; descobertas científicas na área, no Centro de Pesquisa Jülich;  visita ao Rheinisches Revier, onde os convidados conheceram oportunidades oferecidas pelos projetos; e a uma siderúrgica na Thyssenkrupp Stahl em Duisburg, onde discutiram o tema Aço Verde.

Efeitos da imersão

“A missão na Alemanha foi uma experiência muito valiosa proporcionando um incremento significativo das perspectivas do hidrogênio verde (H2V) nas mais diversas áreas. Durante uma semana, visitamos diversos projetos e discutimos com professores, agentes públicos, estudantes, pesquisadores e profissionais do setor produtivo a importância das energias renováveis e do hidrogênio como vetor da transição energética”, contou o professor Michael Duarte.

O professor continua, ressaltando que “essa imersão tem muito a contribuir com o IFCE pois permitirá incrementar as trilhas de aprendizagem profissional dos nossos cursos, entre eles a especialização em Hidrogênio Verde que iremos ofertar em breve”. Desta forma, reforça, “esperamos contribuir para que o Ceará possa participar da cadeia econômica do hidrogênio verde em sua plenitude”.

Para o professor Bruno Salgado, que também integrou a comitiva brasileira na Alemanha e atua como docente no projeto H2Brasil, foi “a visita foi expressivamente proveitosa, pois trouxe uma perspectiva real do que vem sendo trabalhado no cenário do hidrogênio verde na Alemanha, que é um protagonista mundial nesse aspecto. Ele completa que o grupo “conseguiu ter um olhar prático dessa realidade”, trazendo uma bagagem importante do ponto de vista técnico e de regulamentação.

“Mais de 20 estados do Brasil estiveram representados. Tivemos a oportunidade de acompanhar palestras de diversas instituições e empresas do setor de hidrogênio verde, sobre vários projetos, principalmente no campo da eletrólise, que é o processo que viabiliza a produção do hidrogênio. Visitamos centros de pesquisas de referência também. Conhecemos ainda experiências de emissão nula de gás carbônico, em uma região que está produzindo o hidrogênio, inclusive para residências, com a intenção de a curto prazo, ter o total processo de descarbonização, incluindo utilização em veículos”, acrescentou Bruno.

Luís Carlos de Freitas - Reitoria